Essa era a pergunta que rolava entre três amigos que discutiam qual porre era o mais recomendado depois de uma desilusão amorosa.
O primeiro já tinha passado por duas delas, e dizia enfático que uísque era a melhor alternativa, deixava qualquer mente anestesiada e sem os males da ressaca do dia seguinte.
O outro, que havia vivenciado tal situação apenas uma vez, considerou a vodca, afinal, ninguém quer se lembrar do passado. Seria um porre amnésico, um desses por semana e logo tudo seria esquecido.
Restava o defensor da cerveja, que alegava ser a melhor para a situação porque demora a fazer efeito e, nesse tempo, a conversa com os amigos se torna mais valiosa, os conselhos mais sinceros e o orgulho mais solúvel.
Fato é que cada um tinha seu ponto, não tinha um que estivesse mais certo ou mais errado que o outro, afinal os efeitos sempre diferem em cada pessoa, e há de se levar em conta também o tamanho das dosagens. Assim como são as desilusões amorosas. Cada uma deixa rastros diferentes, bons ou ruins, memoráveis ou não, com intensidades diferentes e os efeitos e consequências são sempre inesperados.
A questão não é a bebida, mas que todo mundo um dia terá um porre.